domingo, 25 de janeiro de 2009

São Paulo Fashion Week - Outono/Inverno 2009

Como não estive presente vou deixar pra quem entende do riscado dar uma palinha pra gente. Assista o que Costanza Pascolato tem a nos dizer do que viu no SPFW Inverno 2009.



Aqui, um pouquinho do que foi dito por Costanza e visto nas passarelas do SPFW Outono/Inverno 2009:






sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Rio Moda Hype - Inverno 2009

O Rio Moda Hype, é um evento que acontece durante e dentro do Fashion Rio como uma oportunidade para novos estilistas mostrarem seu talento.

Assista ao vídeo o primeiro dia do Rio Moda Hype - Inverno 2009.



Para o Inverno 2009 os destaques foram:

Fernanda Yamamoto, que desde sempre é um dos destaques do RMH, disse que queria que a sua coleção ficasse menos "personagem", mais vida real. No backstage, ela já adiantava: "acho que ficou mais personagem' ainda!", rindo. Mas a verdade é que a introdução de cores mais fortes (cinza com roxão, por exemplo, ou azul) nessa sua terceira apresentação do evento fez bem: trouxe variações para o seu universo, que continua pautado em moulage e dobraduras. O decotão de um vestido - que fez o peito da modelo escapulir - é surpreendentemente sexy, coisa que era mais contida nas outras coleções.





Mas as grandes surpresas desse primeiro dia de RMH foram outras: Julia Valle, a mineira que já passou por aqui com a Pure e faz parte da equipe da Printing (que desfilou no Fashion Rio); e a moda masculina de Alisson Rodrigues, estilista assistente da Mulher Elástica. Ambas parecem mais maduras que as outras (fora Fernanda), com imagem de marca mais estabelecida, boa variação de texturas, estampas (no caso de Rodrigues) e mix de peças.
Julia fez algo muito interessante e experimental: usou um programa de computador que gerou modelagens sobre as quais ela criou. Cabecismos à parte, o resultado tem qualidade superior: vestidos assimétricos, formas que geram estranhamento mas ainda assim instigam e despertam desejo.





Rodrigues trouxe jeans, moletons, estampas bacanas - tudo bacaninha, street. Exagera na hora de incluir luzes que realmente acendem na roupa - não precisava, o efeito ficou kitsch e não fez com que a coleção "brilhasse" mais (com o perdão do trocadilho). Mas R.Groove que se cuide, viu... Esse cara sabe das coisas e fala com o mesmo público.





Além deles: Renata Veras trabalhou com outros materiais para além do couro (uma moda divertidérrima, curtérrima, periguete de bom-humor).




Martins Paulo faz um quase-grunge-quase-romântico que precisava de texturas e tecidos mais diversificados para ficar com cara de coleção (mas tem bom gosto - a saiona da foto de cintura alta do fim é linda e moderna como poucas saias longas conseguem ser nesse inverno 2009!).





E a Frame fez uma moda muito confortável, cheia de malharia, gostosa de ver - e que dá vontade de usar, ainda mais nesse calor carioca!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Publico Joven x Geração X


Palestra de Andrea Bisker
Diretora da WGSN na América do Sul
Público Jovem

O jovem de hoje vive um momento de grande estresse. Podemos dizer que esta é uma característica comum a todos eles causado pelo em que vivem, pelo momento que estamos vivendo com todas essas crises e mudanças de comportamento.

Por um lado a pressão da família para que ele estude e construa uma carreira, por outro o mercado de trabalho que bate de frente com esse desejo dos pais uma vez que a escassez de oportunidade faz com que os jovens entendam que o emprego não é pra vida toda. Existe também uma descrença no casamento. Como não “acredita” no futuro, perdeu o interesse no mundo adulto e celebra a juventude.

Dentro desse contexto o jovem, para se sentir seguro e inserido no mundo atual o jovem adota alguns comportamentos específicos. Ele está sempre entretido com alguma atividade, principalmente, com as amigas, o mundo gira em torno das amigas. Estas são escolhidas pelo comportamento, não interessando a “raça”, cor, religião... É a primeira geração que não é preconceituosa. Formam assim, as tribos de identidade.

As marcas precisam conhecer esses comportamentos, essa maior diversidade e vender junto com a roupa a atitude,o “lifestyle”, ou seja, o estilo de vida dessas tribos de identidade. A customização da roupa aparece com grande destaque nesse momento já que ela cria a individualidade que o jovem procura mesmo inserido em uma tribo, é uma maneira de destacar no grupo.
É uma geração narcisista ao ponto de acharem que sua vida é muito importante por isso a compartilham com o mundo via internet (blogs, orkuts e sites de relacionamento). Não estar online hoje é ser/estar excluída.

A família para esses jovens é tão importante e influenciadora quanto os amigos. Há um retorno aos valores essenciais. Também por causa da falta de oportunidade no mercado de trabalho os jovens ficam mais tempo na casa dos pais.

É bacana ser careta! Além do comportamento, as roupas com referências vintages e nos anos 20, 30, 40 estão fazendo a cabeça da moçada. Pesquisas realizadas pela WGSN nas maiores capitais brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, mostram que os jovens estão menos focados nas drogas e bebidas e mais focados na saúde e beleza. Essa última chama atenção, pois há uma preocupação excessiva por parte das jovens com a imagem cada vez mais cedo. Meninas de 10/11 anos utilizando produtos para pela, procurando serviços de salões de beleza.

As marcas que fazem ou pretendem criar para essa geração precisa participar da vida desse público, tentar freqüentar os lugares onde essas tribos circulam estar em sintonia e lembrar que o que se vende hoje é todo o pacote que acompanha essa roupa. Pensar no posicionamento de mercado, na cara que vai dar a sua loja, os serviços que vão agregar valor a essa roupa, os valores que essa tribo está disposta a investir no seu produto, enfim abrir a cabeça e ligar as antenas.


GERAÇÃO X

Esta outra geração também é bem peculiar e merece uma atenção especial. Tem como ponto de partida o fim da ditadura, as diretas já, e todos esse acontecimentos políticos e econômicos que mudaram o rumo da história.

As mulheres ganham maior destaque, acham seu lugar na sociedade e entram definitivamente no mercado de trabalho e buscam o equilíbrio entre a casa, o trabalho e o pessoal. Os divórcios acontecem com maior freqüência e como os dois pais trabalham fora os filhos são solitários.

Os filhos e o trabalho têm a mesma importância e por isso essa geração procura serviços e produtos que dêem uma solução, que criem maneiras para melhorar sempre essa situação. Incluir seus filhos no seu dia-a-dia. Em alguns países já é possível encontrar essas soluções como as festas em que as mães podem levar consigo seus filhos, fazer ginástica com eles, dentre outros.
É uma geração que procura ser diferente de seus pais. Mães e filhas estão sempre juntas, fazem compras juntas. Tal mãe, tal filha! A influencia fashion das mães sobre seus filhos deve ser levada em conta.

É também a geração das mães solteiras por opção. Elas se sentem capazes de criarem seus filhos sozinhas e não se intimidam diante da opinião alheia. A vida é plena aos 40 e 50 anos de idade. É na maturidade que as mulheres se sentem seguras, estão realizadas profissionalmente e aí podem viver mais, viajar, curtir tudo aquilo que lhes dá prazer, os filhos. Essas mulheres procuram por roupas que as deixem mostrar toda essa jovialidade, querem estar na moda, não têm porque esconder o corpo.

Para aqueles que desejam trabalhar com esse público, não diferente dos jovens, também precisam estar atentos ao pacote. A atitude, o comportamento, o estilo de vida que essa marca vende é o que vai definir a venda para esse público também.
Então, a dica é estar sim, sempre bem informado através de jornais, revistas e sites especializados, mais não esquecer de freqüentar esse publico, saber onde, como e porque eles estão ali e buscam os produtos e serviços oferecidos por “este” não por “aqueles”.


Palestra realizada na tenda de desfiles do Fashion Business, no dia 15 de janeiro de 2009.

Comportamento de Consumo

Palestra de Sally Lohan
Head os West Coast Content WGSN

A palestra começa dando um panorama geral sobre o novo consumidor.

Em pesquisa realizada pela WGSN percebemos que esse novo consumidor não compra mais por impulso. Apesar de a crise ter reforçado esse comportamento ele já vinha acontecendo mesmo antes dela. Hoje o que define uma compra é a necessidade. É claro que o desejo continua , mas é guiado pela necessidade e através da emoção e pelo valor do investimento.

O consumidor atual tem atitude e é isso que ele busca quando vai às compras. Procura produtos com características básicas como a facilidade, praticidade, simplicidade (na questão de cuidados diário como lavar, passar, vestir, guardar, etc.), também deve ser moderno e ter estilo. Todo pacote deve ser levando em conta.

Os jovens querem ser individual e ao mesmo tempo pertencer a uma tribo.
A WGSN define valores para que seu produto esteja bem colocado no mercado:
- Ser desejável;
- Econômico;
- Fácil;
- O novo consumidor está focado em serviço, qualidade e valor (todos como mesmo peso);
- Roupas sem estação.

Estamos vivendo uma volta à procura do que é durável e por isso as roupas devem sobreviver a às estações. Ele quer comprar uma roupa hoje e saber que quando a estação mudar ele poderá usar essa mesma peça que comprou na coleção anterior.

E como as pessoas não tem tempo entre um evento e outro durante o dia a roupa deve acompanhar essa versatilidade suprindo a necessidade de estar sempre pronto(a) para todas as ocasiões . Como por exemplo o blazer-camisa ou um tecido inteligente que da certo tanto no frio quanto no calor.

Outro ponto importante abordado, que aos poucos vem, ao contrário do que se pensa, fazendo a diferença na decisão de compra do consumidor é a questão ecológica, o pensamento reciclável. Não estamos falando apenas no tecido ecológico, mas tudo que envolve a produção têxtil, a água, os resíduos, a sustentabilidade e tudo o mais que envolva essa questão.

Foi falado também sobre a maneira de conduzir o negócio:
- Criatividade para o negócio. Que não significa fazer coisas mirabolantes e gastar muito dinheiro, e sim das soluções interessantes e inovadoras ao negócio;
- Manter uma administração clara entre os ambientes;
- Parceria com marcas de varejo;
- Parceria com a sustentabilidade;
- Confiança através da transparência.

Palestra realizada na Tenda de Desfiles do Fashion Buisiness no dia 15 de janeiro de 2009

O que "causou" no Fashion Rio - Outono / Inverno 2009

Olá! Para quem não acompanhou o Fashion Rio Outono/Inverno 2009 aqui vai um balanço do que senti, vi e ouvi por lá.


Enfim um inverno com a cara do Brasil. Cores alegres como o vermelho, amarelo, verde, roxo e azul aparecem em quase todas a coleções.


O preto não perdeu seu lugar de descaque, mas o branco apareceu com força total, também os cinzas e amarrons.





Decotes também não faltaram, principalmente nas costas, tomara-que-caia também teve aos motes, além de transparências e tecidos mais leves. Os vestidos reinaram em todos os desfiles e em todos os comprimetos, do curto ao longo.




As calças skinny ainda aparecem, mas perderam um pouco de espaço para as calaças retas, pantalonas (curtas e compridas). Além do saruel, os ganchos das calças desceram um pouco.


Muitos babados, drapeados, plissados, camadas e sobreposições.



As estampas ficaram marcadas pelos geométricos, o xadrez ainda aparece em algumas coleções, os motivos étnicos e as flores aplicadas e estampadas também têm seu lgar.



E por fim os tricôs, que ganharam destaques nos pescoços, em maxigolas por exemplo, e nas coleções masculinas.